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A sociedade romana basicamente copia o modelo Grego, as diferenças basicamente são a exclusão das disciplinas cientificas o que torna a vida dos seus respectivos mestres ainda mais difíceis, as disciplinas literárias são ainda mais utilitaristas e há o surgimento do ensino do Direito ao lado da Retórica, Filosofia e Medicina que foram herdadas dos gregos. Alguns retóricos, assim como na Grécia, se tornaram ricos e poderosos, mas no geral as paupérrimas condições de vida e a não valorização social são as mesmas. (MANACORDA, 1992; MARROU, 1975)
Nos primeiros séculos da nossa era há um
fenômeno na sociedade romana que é o surgimento, crescimento e fortalecimento
de uma nova religião, o cristianismo. Para entender esta nova conjuntura que
irá influenciar todo o Ocidente temos que resgatar a história do povo no meio
do qual há o surgimento desta nova crença, os Hebreus.
O povo hebreu era que era constituído por
tribos itinerantes, depois se afixou e constituiu um império, império este que
posteriormente se divide em dois, estes são dominados pelo Império da Babilônia
e posteriormente pelo Império Romano, e é esse o período que nos interessa. Com
a diáspora a administração pública deixa de existir e o papel da religião na
manutenção da unidade do povo se torna ainda maior. Passa-se a ocorrer à
educação de todas as crianças a fim de perpetuar os princípios religiosos e não
permitir a assimilação cultural do povo. O sacerdote, que é necessariamente um
escriba, passa a ter a função de educador. A classe dos escribas aumenta, antão
ocorrem aperfeiçoamentos que levam a constituição de níveis superiores que só
podem ser alcançados pelos membros das famílias mais ricas. Esses escribas vão
constituir partidos religiosos (fariseus e saduceus), doutores da lei
(juristas) e alguns vão prestar serviços para as potências dominantes (os
cobradores de impostos no período do domínio romano, por exemplo). (GILES,
1987) No inicio do século I um grupo de seguidores de Jesus Cristo, homem que
era considerado por estes o Messias anunciado nas escrituras judaicas, passam a
pregar sua doutrina em certas cidades da Grécia (Corinto, Éfeso, Tessalonica, atc)
e a partir da Grécia se espalha pelo Império Romano, vindo a se constituir
religião oficial no século IV e influenciando decididamente toda a civilização
grego-romana. (BÍBLIA, 1995; MANACORDA, 1992; MARROU, 1975)
REFERÊNCIAS:
BÍBLIA. Glossário. Bíblia Sagrada: Tradução Ecumênica. São Paulo: Loyola,
1995, p. 1538-1553.
GILES, Thomas Ransom. A tradição hebraica.
In: ___. História da educação. São Paulo: EPU, 1987, p. 44-54.
MANACORDA, Macio Alighiero. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. 5. ed.
São Paulo: Cortez, 1996.
MORROU, Henri-Irénée. A história da educação na
antiguidade. São Paulo: EPU,
1975.
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