http://aimagemcomunica.blogspot.com.br/2010/11/os-primeiros-suportes-fisicos.html
O Império Romano se decompõe e a única
instituição que sobrevive capaz de dar continuidade a cultura clássica é a
Igreja, logo que as escolas públicas mantidas pelo Império deixam de existir as
pessoas interessadas em educar seus filhos recorrem a ela. A Igreja num
primeiro momento não deseja assumir este papel, mas posteriormente compreende
que esta tarefa é importante para seus interesses religiosos e políticos. Os
mestres de antes quase que não existem mais, a educação agora é tarefa dos
padres nas escolas paroquiais, nos mosteiro ou nos bispados. A atividade de
ensino deixa de ser exercida com um caráter profissional, mas sim como parte da
tarefa religiosa. Estes novos “professores” são reconhecidos socialmente pelas
suas tarefas religiosas, sendo o ensino considerado uma das dimensões destas
tarefas. (ARANHA, 1996; MANACORDA, 1992; CAMBI, 1999)
Na passagem da Alta para a Baixa Idade
Média bispos e párocos passaram a incumbir um professor para a tarefa de
ensinar e por consequência a pagar estes. Alguns professores portando a
autorização para o magistério prestarão serviços educacionais a quem lhes
pagar. Com o tempo estes professores constituíram um grupo relevante na
sociedade (ajudados pela disputa entre a Igreja e as autoridades civis pelo
direito de regular a educação). Outro fator importante é a Reforma Protestante
que provocará mudanças educacionais. Os professores se organizarão, como os
outros profissionais da época, em corporações e passaram a se autorregularem.
Do ponto de vista da valorização social e das condições materiais estes
profissionais mantêm o mesmo status que tinham na antiguidade (sempre havendo
algumas exceções). (Idem)
Quando a conjuntura leva a Europa a uma
estabilização, o comércio ganha fôlego e as condições para o Mercantilismo e
posterior consolidação do capitalismo. Surge então uma nova classe social, a
burguesia, este grupo se tornará rico e poderoso e desejará educar-se, porém
estes exigirão uma educação com base em elementos práticos que venham a
ajuda-los no desempenho de suas atividades. A educação que ocorria até então
terá seus alicerces abalados. O professor, assim como o mestre na oficina, terá
que instrumentalizar seus alunos com saberes que possibilitem a estes terem
sucesso nos negócios.
Com a consolidação da burguesia como
classe dominante (Revolução Americana, Revolução Francesa) e, posteriormente, a
consolidação do capitalismo (com a Revolução Industrial) e a conseqüente
complexificação da produção que irá exigir do proletário alguns conhecimento
para o exercício de sua função surge a escola pública que irá se consolidar.
REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2ed. São
Paulo: Moderna, 1996.
CAMBI. Franco. História da pedagogia. São
Paulo: Editora UNESP, 1999.
MANACORDA, Macio Alighiero. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. 5. ed.
São Paulo: Cortez, 1996.
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