O Quinhentos e o
Seiscentos, que analisaremos rapidamente, nos sugerem, além do Renascimento,
vários outros temas que não se esgotam improvisadamente: a Reforma, a
Contra-Reforma, a utopia, a revolução. (p. 193)
E eis o que diz sobre o
trabalho intelectual, de modo particular sobre o ensino:
"Os trabalhadores
manuais são inclinados a desprezar os trabalhadores da mente, como os escrivães
municipais ou os mestres de escola. O soldado gaba-se das dificuldades de
cavalgar com a armadura, suportando o calor, o gelo, a poeira, a sede; mas eu
gostaria de ver um cavaleiro capaz de ficar sentado o dia inteiro com o nariz
fincado num livro... O escrever não empenha somente a mão ou o pé, deixando
livre o resto do corpo para cantar ou brincar, mas empenha o homem inteiro.
Quanto ao ensinar, é um trabalho tão cansativo que ninguém deveria ser obrigado
a exercê-lo por mais de dez anos". (p. 198)
MANACORDA, Macio
Alighiero. A educação no quinhentos e no seiscentos. In: ______. História da educação:
da antiguidade aos nossos dias. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1996. p. 193-226.
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