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sexta-feira, 12 de abril de 2013

DO IMPÉRIO ROMANO AO FINAL DA IDADE MÉDIA


http://aimagemcomunica.blogspot.com.br/2010/11/os-primeiros-suportes-fisicos.html

O Império Romano se decompõe e a única instituição que sobrevive capaz de dar continuidade a cultura clássica é a Igreja, logo que as escolas públicas mantidas pelo Império deixam de existir as pessoas interessadas em educar seus filhos recorrem a ela. A Igreja num primeiro momento não deseja assumir este papel, mas posteriormente compreende que esta tarefa é importante para seus interesses religiosos e políticos. Os mestres de antes quase que não existem mais, a educação agora é tarefa dos padres nas escolas paroquiais, nos mosteiro ou nos bispados. A atividade de ensino deixa de ser exercida com um caráter profissional, mas sim como parte da tarefa religiosa. Estes novos “professores” são reconhecidos socialmente pelas suas tarefas religiosas, sendo o ensino considerado uma das dimensões destas tarefas. (ARANHA, 1996; MANACORDA, 1992; CAMBI, 1999)

Na passagem da Alta para a Baixa Idade Média bispos e párocos passaram a incumbir um professor para a tarefa de ensinar e por consequência a pagar estes. Alguns professores portando a autorização para o magistério prestarão serviços educacionais a quem lhes pagar. Com o tempo estes professores constituíram um grupo relevante na sociedade (ajudados pela disputa entre a Igreja e as autoridades civis pelo direito de regular a educação). Outro fator importante é a Reforma Protestante que provocará mudanças educacionais. Os professores se organizarão, como os outros profissionais da época, em corporações e passaram a se autorregularem. Do ponto de vista da valorização social e das condições materiais estes profissionais mantêm o mesmo status que tinham na antiguidade (sempre havendo algumas exceções). (Idem)

Quando a conjuntura leva a Europa a uma estabilização, o comércio ganha fôlego e as condições para o Mercantilismo e posterior consolidação do capitalismo. Surge então uma nova classe social, a burguesia, este grupo se tornará rico e poderoso e desejará educar-se, porém estes exigirão uma educação com base em elementos práticos que venham a ajuda-los no desempenho de suas atividades. A educação que ocorria até então terá seus alicerces abalados. O professor, assim como o mestre na oficina, terá que instrumentalizar seus alunos com saberes que possibilitem a estes terem sucesso nos negócios.

Com a consolidação da burguesia como classe dominante (Revolução Americana, Revolução Francesa) e, posteriormente, a consolidação do capitalismo (com a Revolução Industrial) e a conseqüente complexificação da produção que irá exigir do proletário alguns conhecimento para o exercício de sua função surge a escola pública que irá se consolidar.

REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2ed. São Paulo: Moderna, 1996.
CAMBI. Franco. História da pedagogia. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
MANACORDA, Macio Alighiero. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1996.

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