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sábado, 27 de abril de 2013

A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA


http://www.samuelcasal.com/blog/?m=200804

A educação artística grega era predominantemente uma educação musical, porém o desenho tinha o seu lugar e é exatamente pelo desenho que MARROU inicia sua exposição.

O DESENHO

Há registros sobre o ensino do desenho deste o século IV a.C. Aristóteles irá considerar o ensino do desenho como uma disciplina optativa e de uma forma geral é assim que o ensino de desenho será considerado pelos gregos, um disciplina secundária em relação ao ensino de música. Mesmo sendo relegada a segundo plano o ensino de desenho terá algum espaço na educação grega até pelo menos o século II a.C.

A MÚSICA INSTRUMENTAL: A LIRA

A lira era o instrumento musical predileto da época sendo que “a criança aprendia a tocar lira com um mestre especializado [...], diverso, salvo exceção, o mestre-escola com quem estudava as letras.” (p. 213)

Importante lembrar que a música também era considerada como parte das matemáticas.

CANTO ACOMPANHADO E CORAL

Era muito comum o canto acompanhar a execução da lira e de outros instrumentos, em especial os corais. Esses corais eram hora regidos por um profissional especializado, horas regido por um simples cidadão, dependendo da cidade e da época. Apesar disso tudo, o canto tem um papel secundário em relação a lira.

A DANÇA

A dança normalmente estava associada ao canto-coral. Assim como o canto coral não tinha um espaço definido na educação a dança também não o tem.

RETRAÇÃO DA MÚSICA NA CULTURA E NA EDUCAÇÃO

No período helenístico as artes musicais (instrumental, canto, dança, etc) vão perdendo espaço para os estudos literários. Esse espaço reduzido para o ensino de música pode ser visualizado na relação de professores contratados pela cidade de Teos:

Enquanto o regulamento prevê, para o conjunto das escolas, três professores de letras e dois de ginástica, um só mestre de música bastará. Sem dúvida ele é muito bem remunerado: seu salário anual é de 700 dracmas, ao passo que o dos seus colegas oscila entre 500 e 600; trata-se de um especialista, mas fica um pouco a margem.” (p. 219)
           
A citação anterior nos ajuda a visualizar algumas coisas a respeito desse profissional: ele é um especialista em música; ganham relativamente bem em relação a seus colegas de outras áreas, porém as vagas para este tipo de profissional são em menor número; o que confirma que seu trabalho não é considerado tão importante.

Um dos elementos que MARROU apresenta como sendo importante para essa retração é o refinamento das técnicas musicais, o que tira o ânimo daqueles que gostariam de estudar música com um caráter de cultura geral e não de profissionalização.

MARROU, Henri-Irénée. A educação artística. In:___. História da educação na antiguidade. São Paulo: EPU, 1971. p. 211-223.

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